quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Meu 2012!


O ano começou com uma expectativa, a estreia de “O Pastelão e a Torta” (Adaptação e direção de Douglas Leite) ainda em fevereiro, mas por uma infinidade de acontecimentos foi cancelado. A minha tão esperada volta aos palcos estaria um pouco mais a diante. Afinal eu não pisava nos palcos desde 2010 com o espetáculo “Vixe, Maria!”. Estava ainda imaginando se aquela carreira de ator deveria ser de fato a minha carreira. Recebi o título de Embaixador da Paz (Ambassadeurs de la Paix) France & Suisse. Devido aos meus projetos no meio social. O primeiro semestre deste ano ficou registrado pelos lançamentos de 4 livros: Baú da Fantasia (livro de poesias infantis que dedico ao meu sobrinho-afilhado, Cauê), o segundo livro foi “O Boné Mágico” e o terceiro “Chapeuzinho Vermelho” (uma adaptação do conto popular para o teatro.) O último livro deste ano foi “Infinito- O Último livro de um Poeta Romântico” (Se é o último livro de poesias que lanço, ainda não sei). Não gosto de ser chamado de poeta, literalmente é me ofendo, como se estivesse me chamando de qualquer nome feio. Prefiro ser chamado de escritor! Pronto. Escrevo poesias, contos, peças de teatro. Sou então poeta, contista, dramaturgo? Não! Sou escritor!
Pensei que de fato minha carreira estava com os dias contados, quando fui assistir Vinicius Piedade no espetáculo Identidade, e Louise Cardoso em Velha é a Mãe, ambos no Carlos Gomes. Assisti também A Roupa nova do imperador, do grupo Gota Pó e Poeira. Definitivamente não tinha como desistir de uma carreira depois destes incentivos. Foram espetáculos que marcou uma nora Era em minha vida. Um convite surgiu: Fazer o Príncipe Felippe, no espetáculo “Para Sempre Rapunzel” do Gota. Senti um frio na barriga imenso, afinal faria uma participação em um espetáculo de um dos grupos mais respeitados do meu estado. Eles têm uma história incrível, com participações em festivais e muitos prêmios nas estantes. Agradeço imensamente ao Carlos Olla, por essa oportunidade, despois deste espetáculo minha vida começou a mudar, voltei a respirar. Respirar o meu mundo: Teatro. Como se não fosse pouco “O Pastelão e a Torta” voltaria aos planos, e junto ao ator Rodrigo Diaz, o espetáculo ganhou finalmente vida. Estreei meu segundo espetáculo neste ano. Sou ariano e acho que tudo tem que ser para agora, nada de esperar. O segundo curta que participo como ator estreou no youtube, “Paralelos de Vênus” – uma história de Vilma Belfort e direção de Julio Lellis. Neste filme meu personagem é Ámicis, um poeta. Preciso de grande carga dramática para interpretá-lo. No dia da filmagem em março deste ano, o Julio me levou para uma exposição de nada menos que Tarsila do Amaral. Me emocionei ao ver algumas obras, parecia que sentia a presença dela. Me apresentou o centro do Rio de Janeiro, precisava ver algumas coisas para ajudar na montagem da personagem. De fato ajudou.
Fui para São Paulo no começo de dezembro, eu veria pela segunda vez a rainha do POP, Madonna e sua MDNA TOUR estaria no Morumbi. Como era de se esperar foi emocionante. E assim fecho este ano: Com o título de Embaixador da Paz, 4 Livros publicados, 2 peças de teatro e 1 Curta metragem. Parece apenas uma coisa: Minha carreira apenas está começando.


domingo, 16 de dezembro de 2012

O Filme Paralelos de Vênus foi Selecionado para Mostra de Cinema


O curta metragem de Vilma Belfort, com a direção de Julio Lelis foi selecionado para participar da 1ª Mostra de Video CEU Caminho do Mar em SP. O filme gravado em março deste ano e lançado recentemente. Não assistiu ainda? Veja ai:

Dica de Leitura: Dercy da cabo a Rabo


Olá pessoal, venho com uma dica maravilhosa para leitura. Quem ama Dercy Gonçalves (assim como eu), encontrará nesta obra de Maria Adelaide Amaral , a Dercy de Verdade, tudo o que aconteceu com a rainha da comédia brasileira. Conta sobre sua infância, a saída de Madalena, seus religiões, seu modo de ver a vida, suas idéias sobre sexo, seus abortos, e além do mais: A Dercy de Verdade! Minha nota é 10!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Pequena Sereia (Hans Christian Andersen)


Gif Pequena Sereia

A Pequena Sereia era a filha caçula do rei Tritão, era uma sereia diferente das outras cinco irmãs. Era muito quieta, não era difícil vê-la distante e pensativa.
Desde os dez anos, a Pequena Sereia guardava uma estátua de um jovem príncipe que havia encontrado num navio naufragado. Passava às vezes horas contemplando a estátua, que aguçava ainda mais sua vontade de conhecer o mundo da superfície. Porém esse seu desejo só poderia ser realizado quando completasse quinze anos, nessa idade é dada a permissão para as sereias nadarem até a superfície do mar.
Para a Pequena Sereia esse dia especial parecia nunca chegar. Ela acompanhava a cada ano, os quinze anos de cada uma das suas irmãs, ansiosa para que o seu dia chegasse em breve também, e escutava atenta o relato de cada uma delas sobre tudo aquilo que viram. 
As irmãs contavam sobre os barulhos da cidade, as luzes, o céu, os pássaros, sobre as pessoas, animais, eram tantas as novidades que só aumentava o desejo da Pequena Sereia de conhecer aquele mundo.
A Pequena Sereia queria ver as cores douradas que surgiam no céu, quando o sol de escondia no horizonte. A chuva, com as nuvens cor de chumbo. Conhecer o arco-íris, as flores, as montanhas, as plantas.
Às vezes as cinco irmãs subiam juntas à superfície para passear, e a Pequena sereia ficava triste em seu quarto, no castelo, sentia uma enorme angústia e uma coisa estranha, parecia ter vontade de chorar, embora as sereias não chorem, pois não têm lágrimas.
Até que o dia tão esperado chegou, o coração da Pequena Sereia saltitava de felicidade. Recebeu de presente da sua avó um colar de pérolas, símbolo da realeza. 
A pequena sereia chegou à superfície na hora do pôr–do-sol. O céu estava dourado com nuvens rosadas. Ela ficou maravilhada com o que via. 
Ela avistou um grande navio com três mastros e nadou até ele. O céu escureceu e no navio foram acesas centenas de lanternas coloridas. A sereiazinha nadou contornando o navio e, pela escotilha do salão viu pessoas alegres, dançando. Um rapaz em especial, chamou-lhe atenção. 
Passadas algumas horas, o vento começou a soprar forte. A lua e as estrelas sumiram do céu e começaram a surgir trovões e relâmpagos. 
O mar estava revolto, ondas gigantescas atacavam o navio. Os marujos assustados, retiraram as velas do navio. As pessoas gritavam assustadas. O navio balançava muito, até que uma onda gigantesca o tombou para o lado. A escuridão foi total.
Um raio iluminou o céu e a Pequena Sereia viu pessoas gritando e tentando se salvar nadando. 
De repente a sereiazinha viu o príncipe. Ele estava se afogando. Ela sentia que tinha que ajudá-lo. Ela nadou entre os destroços do navio e o alcançou. 
O jovem príncipe estava desmaiado. Ela segurou firmemente, mantendo a cabeça dele para fora da água, e flutuou com ele até a tempestade passar. 
Ao raiar do sol, a sereiazinha verificou que o príncipe respirava tranqüilamente. Ela ficou aliviada em ver que ele estava bem, ficou tão contente que o beijou. Nadou com ele até uma praia, o dentou na areia e escondeu-se atrás das rochas. 
Ela viu que existia algumas casinhas por perto, certamente alguém o encontraria. 
Logo uma jovem apareceu na praia e foi caminhando na direção do rapaz. O , que até então, estava desmaiado acordou e sorriu para a moça. A moça correu para buscar ajuda e em pouco tempo o príncipe foi levado ao vilarejo. 
A sereiazinha ficou aliviada por ter salvado o jovem, mas ficou triste pois temia não vê-lo novamente.
A Pequena Sereia voltou para o seu castelo no fundo do mar. As irmãs a encontraram triste e quieta. Após longa insistência das irmãs, a sereiazinha contou-lhes toda a sua aventura. 
Uma das irmãs sabia quem era o príncipe e sabia que ele morava em um castelo à beira-mar. 
As seis sereias nadaram até lá. Esconderam-se atrás de uns rochedos, esperaram até que viram o príncipe e viram que ele estava bem. 
A pequena sereia pensava muito no jovem príncipe. Ela daria sua vida para ser humana e encontrar-se com o príncipe nem que fosse só por um dia.
Seu pai, o rei Tritão estava preocupado com a filha, nem as festas no palácio alegravam a jovem sereia. Ela nem cantava mais nas festas, todos adoravam ouvi-la cantar, sua voz era linda. 
Numa noite, a Pequena Sereia tomou uma decisão: foi procurar a feiticeira do mar. 
A feiticeira é uma bruxa, mora no meio dos redemoinhos, cercada de plantas cheias de espinhos e animais peçonhento e perigosos. 
A sereiazinha acreditava que a única pessoa capaz de ajudá-la a transformar-se em humana, seria a feiticeira. 
A feiticeira concordou em lhe dar duas pernas, mas a sereiazinha só se tornaria humana se o príncipe se apaixonasse e casasse com ela. Avisou que a sereiazinha sentiria terríveis dores nas pernas par ao resto da vida e nunca mais poderia voltas ao fundo do mar. Caso o príncipe não se apaixonasse por ela e casasse com outra moça, depois da noite do casamento, o primeiro raio de sol transformaria a Pequena Sereia em espuma. 
A sereiazinha ficou assustada, mas aceitou correr o risco, pois queria estar com o seu amado. 
Em troca dos serviços da feiticeira, a jovem lhe daria a sua voz. 
Mesmo assim, a sereiazinha aceitou a proposta, estava decidida a tentar. 
A feiticeira deu-lhe um frasco contendo a poção que lhe daria as pernas .Em seguida roubou-lhe a voz. 
A sereiazinha não se despediu de ninguém, nadou em direção ao palácio do príncipe. Foi então, que ela tomou a poção dada pela feiticeira. Imediatamente sentiu terríveis dores como se punhais lhe rasgassem a cauda. 
A dor foi tamanha que a jovem não agüentou e desmaiou. 
Quando amanheceu, a princesa acordou, na praia, ao seu lado estava o príncipe, olhando-a curioso e preocupado. 
A sereiazinha percebeu que estava sem roupa, e possuía duas pernas no lugar de sua cauda. Cobriu-se então com seus longos cabelos. 
O príncipe quis saber seu nome e o que acontecera. Porém, a jovem não conseguia falar, não tinha mais sua voz. 
O príncipe a levou para o palácio, onde foi cuidada e alimentada. A sereiazinha passou a viver feliz naquele lugar ao lado do príncipe. Sofria terríveis dores sempre que andava, era como se algo furasse seus pés. Mas nada era superior a sua felicidade em estar com o seu amado. 
Cada dia que passava, o príncipe gostava mais da pequena sereia, As pessoas do palácio também se encantavam com a pequena sereia. Porém o coração do príncipe e seus pensamentos pertenciam à jovem que o encontrara na praia, ele achava que ela o havia salvo. 
Um dia a pequena sereia descobriu que o rei planejava casar o príncipe com a filha do rei vizinho. Eles fariam uma viagem de navio para conhecer a futura noiva. 
A pequena sereia ficou muito triste, se o príncipe se casasse com outra ela morreria. Ficou cheia de esperança quando o jovem príncipe lhe confidenciou que nãos e casaria com a jovem escolhida pelo seu pai, pois já amava outra moça. 
A sereiazinha acompanhou a família real na viagem. 
Na hora em que conheceu a futura noiva, o príncipe ficou encantado, era a mesma moça da praia. 
A pequena sereia viu que o príncipe estava apaixonado. Naquela mesma noite ele casou-se com a jovem princesa, a moça da praia. 
Enquanto todos festejavam, a princesa sofria de tristeza. Foi então para o convés observar o mar. Nesse momento ela viu suas irmãs, todas de cabelos curtos.
Deram seus cabelos à feiticeira em troca de um punhal mágico. A Pequena Sereia precisaria matar seu amado com aquele punhal, antes do amanhecer, assim, poderia voltar a ser sereia e viver no fundo do mar. 
A sereiazinha muito triste pegou o punhal, foi até o quarto do príncipe e vendo-o dormindo tranqüilo ao lado da sua esposa, saiu correndo dali. 
A sereiazinha tinha um coração bom, e seu amor era verdadeiro, não poderia jamais matar o seu amado. Sendo assim, ela se dirigiu ao convés do navio, já estava amanhecendo. A sereiazinha, então, atirou-se no mar, no mesmo instante o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, e assim o feitiço se realizou, a Pequena Sereia virou espuma branca do mar.


Fonte: QDivertido


Dedicada ao Thiago Augusto!

A Bela Adormecida (Irmãos Grimm)



Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho deles: terem filhos.
— Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei.
— E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! —animava-se a rainha.
— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei.
Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os gracejos dos bufões, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha.
— Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe um ano a senhora dará à luz uma menina.
E a profecia da rã se concretizou, e meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina.
O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa que se chamava Aurora.
Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como convidadas de honra, as treze fadas que viviam nos confins do reino. Mas, quando os mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu até o rei, preocupadíssimo.
— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de ouro. O que faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida… 
O rei refletiu longamente e decidiu:
— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez nem saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos complicações.
Partiram somente doze mensageiros, com convites para doze fadas, conforme o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso.
— Será a mais bela moça do reino — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.
— E a de caráter mais justo — acrescentou a segunda.
— Terá riquezas a perder de vista — proclamou a terceira.
— Ninguém terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol — comentou a quinta.
Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado a pequena princesa um dom; faltava somente uma (entretida em tirar uma mancha do vestido, no qual um garçom desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou a décima terceira, aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de ouro. 
Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a princesa Aurora, que dormia tranqüila, e disse: — Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá.
E foi embora, deixando um silêncio desanimador e os pais desesperados.
Então aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente.
— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificá-la um pouco. Por isso, Aurora não morrerá; dormirá por cem anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.
Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar providências, mandou queimar todas as rocas do reino. E, daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo. 
Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam. 
No dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a profecia da fada malvada. 
A princesa Aurora, porém, estava se aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro que dava acesso à parte de cima de uma velha torre, abriu-o, subiu a longa escada e chegou, enfim, ao quartinho. 
Ao lado da janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso uma meada de linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso. 
— Bom dia, vovozinha. 
— Bom dia a você, linda garota. 
— O que está fazendo? Que instrumento é esse? 
Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar bonachão: 
— Não está vendo? Estou fiando! 
A princesa, fascinada, olhava o fuso que girava rapidamente entre os dedos da velhinha. 
— Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também? Sem esperar resposta, pegou o fuso. E, naquele instante, cumpriu-se o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu um grande sono. Deu tempo apenas para deitar-se na cama que havia no aposento, e seus olhos se fecharam. 
Na mesma hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio. 
Adormeceram no trono o rei e a rainha, recém-chegados da partida de caça. 
Adormeceram os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os cães no pátio e os pássaros no telhado.
Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que enrolavam seus cabelos. 
Também o fogo que ardia nos braseiros e nas lareiras parou de queimar, parou também o vento que assobiava na floresta. Nada e ninguém se mexia no palácio, mergulhado em profundo silêncio. 
Em volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após alguns anos, o castelo ficou oculto. 
Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a bandeira hasteada que pendia na torre mais alta. 
Nas aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa Aurora, a mais bela, a mais doce das princesas, injustamente castigada por um destino cruel.
Alguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros, cerrada e impenetrável, parecia animada por vontade própria: os galhos avançavam para cima dos coitados que tentavam passar: seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas frestas. 
Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar, voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais teimosos, sacrificavam a própria vida. 
Um dia, chegou nas redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da bela adormecida que, desde muitos anos, tantos jovens a procuravam em vão alcançar. 
— Quero tentar também — disse o príncipe aos habitantes de uma aldeia pouco distante do castelo. 
Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca conseguiu! 
— Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam…
— Alguns morreram entre os espinheiros…
— Desista! 
Muitos foram, os que tentarem desanimá-lo. 
No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a sua vontade se completavam justamente os cem anos da festa do batizado e das predições das fadas. Chegara, finalmente, o dia em que a bela adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem. 
O príncipe chegou em frente ao castelo. A ponte elevadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados nas armas. No pátio havia um grande número de cães, alguns deitados no chão, outros encostados nos cantos; os cavalos que ocupavam as estrebarias dormiam em pé. 
Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe ouvia sua própria respiração, um pouco ofegante, ressoando naquela quietude. A cada passo do príncipe se levantavam nuvens de poeira. 
Salões, escadarias, corredores, cozinha… Por toda parte, o mesmo espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições. 
O príncipe perambulou por longo tempo no castelo. Enfim, achou o portãozinho de ferro que levava à torre, subiu a escada e chegou ao quartinho em que dormia A princesa Aurora. 
A princesa estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo que se recobrou se inclinou e deu-lhe um beijo. 
Imediatamente, Aurora despertou, olhou par ao príncipe e sorriu. 
Todo o reino também despertara naquele instante. 
Acordou também o cozinheiro que assava a carne; o servente, bocejando, continuou lavando as louças, enquanto as damas da corte voltavam a enrolar seus cabelos. 
O fogo das lareiras e dos braseiros subiu alto pelas chaminés, e o vento fazia murmurar as folhas das árvores. A vida voltara ao normal. Logo, o rei e a rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos. 
O príncipe, então, pediu a mão da linda princesa em casamento que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu valente salvador. 
Eles, então, se casaram e viveram felizes para sempre!

Fonte:  QDivertido

Novo Espetáculo Em Breve: Vem Comigo?


domingo, 9 de dezembro de 2012

Dica de Leitura: Tributo a Madonna


Olá pessoal!!! Estou quase terminando o livro "Tributo a Madonna" e é minha dica de leitura de hoje... É um livro que resume bem a carreira da rainha. Vale a pena!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MDNA Tour: O SHOW




Rocco



Estão algumas fotos ai... O Show do MDNA Tour foi incrivel, tão bom quanto o último que assisti dela no brasil, o Sticky & Sweet Tour. Madonna consegue se afirmar com a rainha da música pop, cantando e dançando ao vivo. Consegue investir na plateia, e ser sempre maravilhosa. O show não permite ninguém piscar... Muito bom mesmo.


MDNA SP: Viagem

Começo da Viagem aeroporto de Vix.

Na Avenida Paulista
Com Murilo Benício no Aeroporto de Guarulhos.

Para quem gosta de ler!

Olá pessoal, achei um site muito legal que é a estante virtual. Faça um perfil lá... me add.. rs



domingo, 2 de dezembro de 2012

Britney Spears 31 anos!


Olá pessoal, venha deixar os parabéns para a princesa do Pop. Britney Spears, apesar das criticas... Acho uma artista incrível, gosto muito dela. Suas músicas são maravilhosas, é muito bom dançá-las. A princesa completa 31 anos.


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Pastelão e a Torta encerra as apresentações em Venda Nova do Imigrante- ES


Olá pessoal, venho postar aqui algumas fotos da apresentação que foi realizada no dia 27 de novembro em Venda Nova Do Imigrante. O Pastelão e a Torta encerra suas apresentações. Tivemos um espetáculo de retorno do grupo "Ciranda no Arco-Íris" a ativa, agora vamos nos empenhar em novos projetos, agradeço a todos que assistiram o espetáculo, e ao público de Venda Nova. A peça foi de grande valor para o grupo. Agradeço ao Douglas Leite (Autor e Diretor) pelo maravilhoso trabalho. Sou muito grato. Até a próxima galera... Vem coisa nova por ai...





Madonna no Brasil 2012


Olá pessoal, estou quase terminando as minhas malas para o show da MDNA Tour, onde verei pela segunda vez a rainha do POP. Fico feliz com este evento, pois consigo me contagiar com as músicas que marcaram minha vida. Claro, estar "perto" da Madonna não tem preço. 
É importante citar que a cantora é a maior artista feminina que já existiu, conseguindo números absurdos. Escrevi um texto para o recém criado site MadonnaGo, você poderá ler o texto clicando aqui. Nele falo sobre Madonna e seu eterno título de rainha do Pop.


Assista um dos últimos videos da Madonna


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Halison Paz

Olá pessoal, mais um post falando de arte! Vou apresentar o Halison Paz, conheça um pouco do trabalho deste talento. 









Contato com Halison Paz

ou 



Shakira e seu Waka Waka está entre os Videos mais vistos do Youtube

Olá pessoal, se você é fã da Shakira assim como eu, entre e dê mais visualizações para seu vídeo "Waka Waka" que foi tema da copa do mundo de 2010. Shakira como sempre está com sua voz maravilhosa e seu desempenho fenomenal. É uma artista humilde que se abala por causas sociais, não como essas artistas que visam sua exposição de boazinha para a mídia. Ela é de fato muito humilde, abraça as pessoas como se fossem velhos conhecidos. Um dez grandão para a Shakira!


500 Milhões de Visualizações

Olhos Noturnos- Sulamita Ferreira Teixeira


Olhos noturnos

Os lobos que habitam dentro de nós
Adormeceram sem o domínio
da sua força natural...
O escudo que abraça nossa existência,
destruiu as garras que ferem
nossas emoções...

A noite já plena sem aquela
Antiga e conhecida nostalgia
que atordoava-nos em silêncio.
pelos uivos oriundos dos seus portais...

Os lobos já não tem olhos para assustar-nos,
...Esses ficaram cegos pela ganância
E por mutilarem a inocência que rondava
nosso lar!...
.
Sulamita Ferreira Teixeira


domingo, 25 de novembro de 2012

40 Mil Leituras!



Olá pessoal, tudo certo? Acabo de chegar em 40 mil leituras no Recanto das Letras. Estou ainda na lista dos 100 textos mais lidos nos últimos sete dias com "O Pacto que levaria Edward Pool ao Inferno" é um conto de terror. Mas clique Aqui e entre nesta festa!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Entre os 100 mais lidos nos últimos 7 dias!

Olá pessoal, mais uma noticia boa! Meu conto de terror "O Pacto que Levaria Edward Pool Ao Inferno" está na lista dos 100 textos mais lidos nos últimos sete dias. Com apenas 2 dias de publicação. Estou feliz. Para ler o texto clique aqui




Curta Metragem: Paralelos de Vênus

Olá pessoal, o Paralelos de Vênus, passou de mil visualizações e agradeço esse sucesso a todos vocês amigos.

Opinião do meu amigo Joel.



"Assistir este curta confirma a certeza de um astro
em pleno brilho. Caro amigo, poeta, ator, diretor. Você é ainda tão jovem, mas
com um brilho inconfundível, parabéns meu amigo. Abraço de Joel
Costadelli."


Assista Agora!



sábado, 17 de novembro de 2012

Outros 300 (17/11/2012)

Clique na Imagem

Paralelos de Vênus Portal TK1 (05/04/2012)


Entrevista no portal TK1

Olá pessoal, venho agradecer tantas visitas no blog, muitas leituras no recanto das letras, e visualizações no youtube. Estou postando aqui uma entrevista que concedi ao Portal TK1 em 2011. Vale conferir.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O que estão falando do Paralelo de Vênus

lá pessoal, venho por meio desta trazer alguns comentários sobre o novo curta metragem que participei: Paralelos de Vênus, história de minha querida amiga Vilma Belfort. Neste post trago amigos maravilhosos, pessoas talentosas, cada um eu teu segmento escrevendo ou atuando. São incríveis, obrigado pessoal.



Lianatins  (Escritora)


Amigo Fábio Aiolfi, gostei de ter assistido teu curta metragem.... A vida sempre nos prega peças, mas é sempre bom abrir a janela da vida, e deixar a alma arejar! Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e nem se deu conta? Vamos deixar que o vento leve para longe...Deixar que a luz inunde tudo, apagar as marcas das decepções, das tristezas das derrotas e da mania de sofrer por sofrer e acima de tudo, permitir que o sol derreta o gelo da solidão...isso foi o que vi no teu desempenho de ator!
Você é realmente um bom ator,um abraço de carinho,da Liana.


Lílian Maial (Escritora)

Olá, queridos Fábio e Vilma! Que agradável surpresa este curta! A marca da Vilma impressa no vermelho, sua poesia contundente e etérea, ao mesmo tempo, uma presença off white. Fábio muito bem em cena (e fora dela), cheguei a ficar preocupada com a tosse...
O som adequado ao tudo que se quis passar. A direção focando toda a angústia e o prazer/vício, que leva ao fim e ao eterno recomeço. Só posso dar os parabéns a toda a equipe e desejar muito sucesso e outras incursões não tão curtas. Bjs.



Anderson Ramos (Escritor)

O curta me levou ao universo onde a dor do amor é incurável  Não importa quantas janelas tenhamos que abrir para conseguirmos seguir em frente sempre haverão devaneios em formas de pétalas no chão e inevitavelmente pararemos para apanha-las.


Ana Lago de Luz (Escritora)

A tua atuação num drama de consciência, de percepção da sensibilidade e dos desejos, que podem levar ao fim de um homem sem perder a sua verdadeira essência. Perfeito, Fábio Aiolfi!!!!! Amei demais!!!!!!!!! Beijos


Rodrigo Diaz (Ator)

Mas que curta emocionante! Impossível não se comover com o Ámicis.
Fotografia, trilha sonora, roteiro... tudo muito bom! Um parabéns especial a querida Vilma Belfort por ser a cabeça dessa linda história e ao Fábio Aiolfi por ter cumprido maravilhosamente a missão de dar vida a esse personagem.  Confesso que dá vontade de assistir uma continuação... RS
Grande abraço, Rodrigo Diaz.


Mari Angela Souza (Escritora)

Estou simplesmente encantada, talento, chama talento, Fábio Aiolfi e Vilma Belfort, meus parabéns está maravilhoso dá gosto assistir uma produção tão bem feita em todos os detalhes.Bjus


Marisa Zenatte (Escritora)

Que lindoooooo amigo Poeta... Fábio Aiolfi... "Tens o tom da poesia, a ternura da fantasia o invólucro do amor estampado na alma, que ofusca,  que cintila o silencio e a palavra contidos apenas no dom de ser único e o tudo que a poesia te faz..." Aplausos!!!


Selene Antunes (Escritora)

Querido amigo Fábio .gostei muito de sua atuação em paralelos de vênus..é um curta de qualidade... parabéns a vc e a todos que participaram para que fosse realizado e acredito em você como ator e gosto muito do seu trabalho , você é uma pessoa ativa que não para e merece sucesso é oque te desejo sempre.. parabéns bjssss.




Assista o curta agora!














terça-feira, 13 de novembro de 2012

Curta-Metragem: Paralelos de Vênus

Olá pessoal, tudo certo? Estou aqui para postar o segundo curta que participo... "Paralelos de Vênus". Espero que gostem!